Pênfigo foliáceo em equinos
Caroline Martins Bondan
Monografia apresentada para conclusão do Curso de Especialização Lato Sensu em Clínica e Cirurgia de Equinos pela Faculdade de Jaguariúna em convênio com o Instituto Brasileiro de Veterinária – IBVET, TURMA 31, sob orientação do Prof. Msc., Dr. Eduardo Malschitzky, Jaguariúna, 2017.
Resumo:
O pênfigo foliáceo é uma afecção cutânea autoimune pouco comum em equinos. A doença é causada por um anticorpo que age contra o glicocálice dos ceratinócitos. Não existe predileção por idade ou sexo, porém equinos da raça Appaloosa parecem ser mais acometidos. A doença é caracterizada pela formação de crostas, pústulas e regiões de alopecia podendo ser localizada e posteriormente tornar-se generalizada. Sinais clínicos sistêmicos como febre, depressão e dor podem estar associados à dermatopatia. O diagnóstico definitivo é feito pelo exame histopatológico de biópsia da pele. Histologicamente o pênfigo é caracterizado por pústulas subcorneais contendo ceratinócitos acantolíticos. O tratamento está baseado no uso de drogas imunossupressoras ou imunomoduladoras. O prognóstico da doença é melhor em animais mais jovens podendo ser reservado em animais de idade avançada. Os fármacos mais utilizados são corticosteroides como prednisolona e dexametasona. Juntamente com o tratamento sistêmico pode ser indicado o uso tópico de xampus anti-seborreicos com ácido salicílico e enxofre. Em potros a doença pode ser autolimitante, mas em animais adultos o tratamento pode não fazer efeito.